Manual Xenológico

RPG:C7

Manual Xenológico C7

Autor: Wagner Ribeiro


Primeiro Compêndio – Classificatório:

I – Sistema de Classificação de Alvos para Agentes-Diplomatas (AD) não-xenólogos:

Nome do Sistema: LGM Little Green Man

Descrição: Objetiva orientar o AD em como proceder ao Contato com os Alvos Entidades Alienígenas, descrevendo de maneira objetiva a periculosidade de tal alvo para a biosfera humana e terrestre. Baseada nesta definição LGM, que é providenciada pelos especialistas do Moreau através de estudos diretos ou não, os Operadores Táticos vão definir qual o tipo de AD e armamento/equipamento adequado para o Contato.

LGM-0 --- Não existe perigo, objeto ou forma de vida inócua.

LGM-1 --- Perigo mínimo, contornável com precauções mínimas.

LGM-2 --- Perigo. Alvo cuja bioquímica/cultura/estrutura são danosas.

LGM-3 --- Perigo grave. Alvo predador de uma ou mais formas terrestres.

LGM-4 --- Perigo Gravíssimo. Alvo é belicoso e intencionalmente predador.

LGM-5 --- Perigo Máximo. Alvo não classificável. Não se sabe o que esperar.

II – Sistema de Classificação de Alvos para Agentes-Diplomatas-Xenólogos (ADX):

Nome do Sistema: Erídano.

Descrição: Objetiva classificar as Entidades Alienígenas (também conhecidas como Entidades Extra-Solares) quanto a sua PROVAVEL composição química, psicológica, social e procedência.

Estrutura: AA-AA-AA-00 (apelido)

II.A – Química:

C --- Base química de carbono, como os humanos.

Si --- Base química de silício.

H --- Base química de hidrogênio.

AR --- Próteses genéticas/tecnológicas alteraram definitivamente a genômica da espécie.

NP --- Não possui base química, ou esta não é identificável.

II.B – Psicologia:

H0 --- Compatíveis a nível instintivo (como os cães, por exemplo).

H1 --- Incompatíveis a nível instintivo (animais predadores, por exemplo).

H2 --- Compatíveis intelectualmente. Tolerantes.

H3 --- Compatíveis intelectualmente. Intolerantes.

H4 --- Indiferentes. Sensíveis a existências diferentes.

H5 --- Indiferentes. Insensíveis a existências diferentes.

II.C – Sociologia:

S1 --- Individual nômade.

S2 --- Individual Social (humanos).

S3 --- Individual-Coletiva.

S4 --- Coletiva-não-Sensciente.

S5 --- Coletiva-Sensciente.

S6 --- Única.

S7 --- Não Classificável.

II.D – Procedência:

Número seqüencial que remete aos bancos de dados sobre sistemas estelares catalogados pelas primeiras expedições  Tesseract através do Portal de Júpiter. Atualmente este índice vem aumentando bastante, graças aos dados enviados esporadicamente por Portais, ou via Five Base (ainda não foi identificada a interferência galáctica que atrapalha o contato FB) com as 12 naves Arcanjo em espaço profundo (com especial menção a nau-capitania, CGAC7 – Mahatma – Alpha-PT701, reativada recentemente pelo AD Alex Rhea, Comandante in Chefe). Catalogados até o momento: 27 “locais” que comportam alguma forma de vida superior.

II.E – Apelidos:

Os apelidos são designações alfanuméricas, títulos, na verdade, que utilizam uma estrutura descritiva em prosa da Entidade nomeada, e está baseado em princípios empíricos, o pesquisador, ou grupo de pesquisa responsável pela classificação pode criar o apelido livremente, contanto que ele seja razoável e compreensível pela seção de xenologia. No exemplo (C-H3-S3-09) “Corredores das Planícies de Toga” (espécie classificada e nomeada pelo doutor Nigel Jackson Kimball em 2.103 d.C.) o exopalentólogo utilizou como base do apelido o nome não-científico dado ao atualmente inexistente sistema solar de origem desta espécie predadora de mamíferos, cujo sol a expedição Tesseract I nomeou TOGA. Os “Corredores” habitam o quarto planeta do sistema, denominação padrão Toga-4, que é um mundo semidesértico, e aparentemente bastante erodido, antigo, formado essencialmente por vastas planícies de rocha, sendo o único oceano subterrâneo. Em Toga, a sociedade se divide entre Caçadores-Protetores e Protegidos-Gado, sendo que as caçadas são feitas nas grandes planícies, onde o Gado normalmente foge perseguido pelos corredores, até ser devorado (o Gado que lutar bravamente até o fim será divinizado e sua memória guaradada e cultuada por gerações. Existem indícios de existência de uma casta de Gado que, ao vencer uma Caçada, tornam-se intocáveis). Daí, compreende-se o apelido dado a espécie, e se tem a visão prática do que significa o apelido entre os ADX.


Segundo Compêndio – Descritivo Orgânico:

I – Mínimo Ser Vivo Imaginável:

Será uma Entidade capaz de se reproduzir, sofrer mutações, e reproduzir essas mutações.

II – A Estrutura Básica Sagan-Ordway:

Formas de vida superiores devem possuir o esquema Gerador-Manipulador-Processador, onde a Entidade deve gerar energia para suas outras atividades (Gerador), deve possuir recursos táteis e sensoriais para manipular seu ambiente ao redor (Manipulador), e deve possuir um sistema de processamento (Processador), que o permita usar de maneira coerente os dados recolhidos. Este último que deve ser necessariamente comparado ao cérebro humano. Humanos possuem o sistema digestivo como Gerador, mãos e órgãos sensoriais como Manipulador, e o próprio cérebro, obviamente, como Processador.

Um exemplo: Os “Corredores” possuem um sistema digestivo carnívoro de alto desempenho (Gerador), que pode gerar grandes quantidades de energia a partir de pouca quantidade de proteína, e seus organismos, baseados em carbono, como os humanos (na realidade, “quimicamente” somos quase idênticos), têm estrutura mais resistente as altas temperaturas que o próprio organismo deles gera (se comparado à média de 26oC humana, um corredor “funciona” a cerca de 93oC possuindo sistemas em dispersão no sangue que impedem a rápida evaporação de água) de modo que seus cérebros (Processador) possam funcionar mais efetivamente, e, enfim, como Manipuladores, os “Corredores” têm sistema duplo: ou usam pequenos tentáculos que possuem como órgãos sensores, ou usam os serviços (em simbiose ou não) de seu gado, geralmente mamíferos humanóides e com sistemas de manipulação mais precisos.

(Continua...)


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